Terremotos no Chile – Você sabia que o Chile é o país mais sísmico do mundo?
Uma das várias curiosidades sobre o Chile que você provavelmente não sabia, é que o país é o mais sísmico do mundo. Mas, qual é a explicação para os terremotos do Chile?
Vamos juntos conhecer a resposta?
Por que existem tantos terremotos no Chile?
O Chile apresenta os maiores índices de ocorrência de terremotos no mundo, tendo sido impactado com alguns dos maiores tremores já registrados na história.
Confesso que antes de viver meu primeiro sismo aqui no Chile, em junho de 2020, quando fui despertada cedinho de manhã por um tremor de magnitude 5.4, eu nem tinha noção da história e capacidade sísmica do país.
Acontece que o território do país encontra-se em área de elevada tensão geológica, provocada pelo choque direto entre duas placas tectônicas: a Placa Oceânica de Nazca, posicionada sob o Oceano Pacífico, e a Placa Sul-Americana, posicionada na América do Sul.
A Placa de Nazca é geologicamente mais pesada do que a Placa Sul-americana, com isso, quando as duas se encontram, a primeira afunda e a segunda emerge. Assim, acumula-se energia em função do acúmulo de forças entre os dois lados. É como se, o movimento de uma placa sobre a outra ficasse “travado”, mas como a força continua sendo exercida, chega-se a um ponto em que a resistência das rochas não aguenta segurar esse “travamento” e acontece uma reacomodação, causando os terremotos.
Nesse sentido, quanto maior for o tempo dessa tensão entre as placas e maior a força aplicada de uma sobre a outra, mais fortes serão os terremotos. Além disso, o Chile conta com cadeias montanhosas e atividades vulcânicas que, assim como os abalos sísmicos, são consequências da dinâmica da litosfera local.
Quando os abalos sísmicos ocorrem em regiões oceânicas, especialmente em áreas próximas ao litoral, existe o risco de tsunamis, já que os tremores no solo oceânico geram fortes ondas, que possuem a capacidade de invadir e varrer as zonas litorâneas continentais por onde passam.
História sísmica do Chile
O maior terremoto registrado no mundo ocorreu em Valdivia, no Chile, em 22 de maio de 1960 (magnitude 9,5), deixando um grande número de vítimas e um rastro de destruição na costa chilena. Além disso, o sismo foi sentido em diferentes partes da Terra e produziu um tsunami no Havaí e no Japão e provocou a erupção do vulcão Puyehue.
O último terremoto no Chile e o terceiro mais potente do mundo ocorreu em 27 de fevereiro de 2010 (magnitude 8,8), sacudindo o centro-sul do Chile. Originado no Oceano Pacífico, o tremor durou quatro minutos nas regiões mais próximas a seu epicentro, originando também um forte maremoto, o que foi ainda mais devastador.
Diferença entre intensidade e magnitude
Um dos temas que pode criar confusão é a diferença entre a magnitude e a intensidade de um terremoto.
Então, só pra esclarecer, a magnitude, que é medida na escala Richter, é usada para quantificar o tamanho dos terremotos (mede a energia liberada durante a ruptura de uma falha), já a intensidade é uma descrição qualitativa dos efeitos dos terremotos (envolve a percepção das pessoas, bem como o dano material e econômicos sofridos como resultado).
Museu Interativo Mirador
Ahh, eu não poderia deixar de mencionar, você sabia que em Santiago do Chile o Museu Interativo Mirador possui um simulador de terremoto? Cata a dica para seu roteiro pela capital chilena se você gostaria de viver essa experiência.
Para concluir, a verdade é que o Chile tem um passado sísmico e continuará produzindo terremotos no futuro. E todos nós, chilenos e estrangeiros residentes, temos o dever de aprender a conviver com a sismicidade do país e lidar com ela de forma inteligente.
Agora, é claro que se você vem pro país como turista, precisa estar consciente de que não está livre de viver um terremoto, ainda que as probabilidades sejam pequenas. O mais provável é que você sinta os “pequenos” sismos que acontecem a diário nas variadas partes do país.
Um abraço, e até o próximo post!